terça-feira, 4 de maio de 2010

A Novela Virtual

I capítulo

Lá vem ela com seu jeito de andar muito próprio,balançando o corpo prá lá e prá cá.Para quem não conhece ela é uma garota de cabelos castanhos,compridos,que fica no calçadão em cima de um skate fazendo piruetas. Seu nome é Isa mais conhecida por Isinha.Fita amarrada na testa ela é de uma beleza exótica, olhos verdes,pele morena escura.
Vendo-a assim em cima do seu skate fico a imaginar aonde ela mora.
E resolvo segui-la,para desvendar o mistério.E lá vai ela com seu skate em baixo do braço.Segue ao longo do calçadão em direção à ponte e desce a encosta.Por mais inacreditável que pareça é aí mesmo que ela mora,em baixo da ponte.Mais como será que foi parar ali em um lugar tão miserável, uma garota que parece não combinar em nada com o ambiente.O seu jeito de falar e de se comportar parecia ter estudado,apesar de falar bastante gíria.E eu estava ficando cada vêz mais curioso.Resolvi observá-la,segui-la e desvendar o seu mistério.
Fiquei de longe sentado na areia,fingindo que olhava o rio.
Ela sentou-se em um caixote de madeira tirou do bolso um pão não sei bem se era um sanduiche.
-Amanhã trarei um binóculo pensei alto.
Depois que terminou o sanduiche jogou o papel em uma caixa ao lado, que imaginei ser o lixeiro.Espreguiçou-se tirou a fita do cabelo e de dentro da mochila saiu um pente que passou nos longos cabelos lisos.Depois escovou os dentes, pois com ela também tinha escova e pastade dentes.Em seguida cobriu o chão com papelão deitou-se e adormeceu.
Gostaria de ficar ali para ver se chegava mais alguém e vê -la acordar, saber como era o seu dia.Porém tinha que voltar para casa e admitia que tinha medo de passar a noite ali sozinho.
Aposto que vocês querem saber quem sou eu,pois então vou me apresentar:-Meu nome é Ivan e moro em frente ao calçadão, do qual sou frequentador assíduo.Pela manhã vou para a escola e à tarde trabalho em uma loja de sapatos e ainda me sobra a noite para bater perna,jogar conversa fora e conversar com amigos,comer cachorro quente e de vêz em quando tomar uma cerveja que ningúem é de ferro.Porque agora já completei dezoito anos e sou dono do meu nariz.Embora minha mãe ainda me trata como criança,toda manhã faz vitamina de banana e me leva na cama.
Adormeci pensando no mistério que tinha para desvendar.No dia seguinte fui para a escola pensando em um plano.Precisava me aproximar dela.No domingo avisei em casa que passaria o dia fora,preparei um lanche e saí de casa bem cedinho,ainda estava escuro eram 4:30 da manhã.Cheguei na ponte e o sol estava começando a surgir brilhante em cima das águas do rio.Por um instante parei deslumbrado diante daquele espetáculo.Dei a volta e fiquei um pouco afasrado para não ser notado.E me surpreendi ao olhar para baixo e ver a quantidade de pessoas que dormiam ali umas junto das outras sobre camas de papelão.

2 comentários:

  1. Espero que esta novela que começo hoje,onde misturo o dia a dia,o cotidiano com um pouco de ficcção, sirva para tornar a vida de algúem melhor.

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  2. E o segundo capítulo cadê?!
    estou aguardando ansiosa para saber da continuação :P

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