segunda-feira, 14 de novembro de 2011

capítuloVIII

No outro dia assim que saí da loja ao meio dia fui encontrar com meus exêntricos amigos.Liguei para casa e falei que ia almoçar no trabalho,porém a ansiedade era tanta para continuar escrevendo que nem almocei.
Ao chegar vi que esvam comendo,uma verdadeira gororoba,quiabo ensopado com feijão e farinha.O velho fazia bolinhos de feijão com farinha amssando na mão e depois comendo.Quer um perguntou?Gentilmente agradeci e falei a Isinha se poderia ficar vindo aquele horário durante a semana pois era o único que tinha,no sábado ficaria a tarde tôda.Ela concordou e fomos nos sentar afastado dos outros.
A sala do casarão começou Isinha,era anexa à varanda e separada desta por uma enorme porta de vidro e madeira que só se fechava a noite quando tôdos iam dormir.E foi na sala que apareceu a filha mais nova do senador,figura franzina e arredia, de aproximadamente 8 anos,cabelos lisos caidos pelas costas.
Ao vê-la passar a mãe chamou em voz alta:
-Isinha venha cumprimentar minhas amigas.Seu nome verdadeiro era Isadora.
Ela tinha pavor daqueles barulhentos bate papos e preferia ficar em seu quarto lendo seus livros ou voando nas asas da sua imaginação.A contragosto foi saudar as senhoras da varanda.
Uma delas chamada D. Bertinha admirou-se de vê-la tão crescida.
-Como está bonita, venha me dar um beijinho.
Isinha achava ela muito afetada, tagarela,,gesticulava e mostrava as enormes unhas vermelhas quando conversava.Para ela era D. Bostinha em vêz de Bertinha.Deu um beijinho social em cada uma delas,voltando em seguida para o seu quarto.Era um quarto grande com três camas:a dela, a de Milú sua irmã que tinha 14 anos e a terceira de Luiza,que tinha dezenove.Além das duas tinha a irmã mais velha de tôdas com vinte e três anos,era universitária e morava no Rio de Janeiro, e se chamava Marion.
Além das quatro filhas o senador tinha dois filhos:Sandro com 24 anos e acabara de se formar também no Rio de Janeiro,e José Coelho Filho mais novo que herdara o nome do pai.
Neste ponto tive que interromper novamente.Hora de ir ,até breve.

Os bem-te -vis da minha terra

Bem te vi Bem te vi canta insistente na minha janela, toda manhã.Acordo e olho para ele;pequenino,amarelinho,tão bonitinho.Voa prá lá e prá cá,faz piruetas e continua sua cantiga Bem te vi.
Me sento na canta e fico escutando seu fuxico.E fico olhando da minha janela,o Bem te vi contando que viu a beleza do rio ,a beleza do mar.que viu as pessoas caminhando apressadas no calçadão,que as pessoas querem viver melhor e por isso malham desesperadamente nas academias.Bem te vi o sol brilhando tão forte que nem parece ser ainda tão cedo.Bem te vi a cidade está acordando preguiçosamente.Bem te vi também tanta maldade.O assalto à mão armada,o ladrão apanhando da polícia.Bem te vi sacode as assinhas.Bebe água na poça do chão.Bem te vi grita ele,parece que está lendo meus pensamentos minhas preocupações.E ele que tudo vê e conta prá tôdo mundo.Sai voando e some no céu.Me dou conta que a vida continua, tenho que trabalhar.

O mundo de olho no Brasil

Corre,corre,derruba daqui,constroi ali,milhões e milhões vão desaparecendo por conta dos jogos.Olimpíadas,Copa do Mundo,copa das nações, copa das Américas,copa não sei mais de que,futebol,futebol,futebol...É goooolll.
Chega chega,varre as ruas,limpa tudo,pega as crianças sujinhas,com os esbugalhados de fome e esconde não sei aonde.O mundo só vai ver gente bonita,alegre, favelas sim, porém pacificadas,sem drogas,sem violência.Sem fome? Sem pobreza? Com saúde para tôdos? E educação?
Cuidado meu Brasil,não se preocupe tanto em esconder o lixo debaixo do tapête.
Quando vieram nos visitar os turistas cheios de grana,que vem assistir o nosso tão famoso futebol,deixe que eles olhem para os olhinhos tristes e famintos das crianças,que sintam um pouco do suor sofrido do nosso trabalhador,da falta de escolas,de hospitais,saneamentoetc.Só do que é básico para se viver com dignidade.
Quem sabe assim muita gente brasileira sinta vergonha de usar do poder político que lhe foi dado pelo povo para engordar seu próprio ego.Porque dinheiro existe só que está mal empregado.
Vamos abrir as portas do Brasil para os turistas,para o futebol mais também para a solidariedade.