quinta-feira, 25 de novembro de 2010

VI capítulo On mundo é mesmo colorido?

Cheguei no domingo logo cedo na sala de reunião, ou seja embaixo da ponte mesmo, pois não tinha outro lugar.Isinha já me esperava sentada na sua cadeira feita de garrafa pet.Ao seu lado estava Sofia sentada em um banquinho também feito de garrafa plástica.Sentado no chão o velho cutucava o pé com um graveto.
-Bem,falei,vamos começar a escrever o nosso livro.
Isinha correu e me abraçou feliz.Agora mesmo.
Sofia com seu modelo novo,feit de garrafa pet cortada em tiras aplaudiu levantando-se de sopetão.
Eu me assustei e cai da cadeira.O velho começou a rir ruidosamente concluindo com um sonoro arroto.
-Credo! Seu velho imundo.Disse eu.
-Imundo é o sugismundo que come...
-Pare,grita Isinha irritada.Vamos ao trabalho.
Peguei o meu notebook e a medida que Isa falava eu ia escrevendo e viajando em suas lindas palavras.
Às vêzes não conseguimos enxergar as coisas mais óbvias.É como olhar e não ver.Achar graça e não saber sorrir.
A minha história começa com a lembrança do professor mais sábio que já tive e o mais novo também pois tinha apenas nove anos.
O tempo escorre pelos nossos dedos c9mo areia de praia.De repente mergulhei fundo dentro de mim e me dei conta que já passaram vários anos depois que tive aulas para aprender a sorrir.A creditem eu precisei de um professor que me ensinasse a sorrir e a perceber as cores do mundo.
-Como é?Você não sabia sorrir? Interrompi.
-È isso mesmo. o nome dele era Binho e hoje vejo como ele tinha razão,o mundo é mesmo colorido e vale muito a pena sorrir.
-É bom mesmo diz o velho, e dispara a rirnovamente.-Só assim notei que ele prestava muita atenção a minha história e Sofia discretamente enxugava uma lágrima no canto do olho.
-Olhei para o relógio e apressadamente me despedi prometendo voltar em breve.